Friday, November 26, 2010

Greve geral ou palhaçada geral?

Efectuou-se no passado dia 24 uma Greve Geral. Um sucesso, segundo os sindicalistas, com pouco impacto, segundo o Governo. Sinceramente, estou-me a borrifar. Não fiz greve, pois considero que em nada beneficiaria o país, além de que prejudicaria a empresa que me paga, a qual sempre cumpriu com as suas obrigações para comigo.

Por outro lado, nunca aderirei a uma greve convocada pelos sindicatos actuais. Estes, na minha opinião, fazem parte do problema e não da solução. São na sua maioria pessoas filiadas nos partidos políticos, influenciados mais pelas ideologias do que pela real defesa dos trabalhadores. São pessoas que fazem do sindicalismo a sua forma de vida, sendo que muitos deles não exercem efectivamente uma profissão. Como poderão os trabalhadores serem defendidos por pessoas que não trabalham? Como poderá ser combatido o vampirismo que ataca a classe operária quando os seus representantes sindicais também sobrevivem à custa dele?

Se a intenção da greve era protestar contra as medidas de austeridade que foram anunciadas, não percebo, pois estas são necessárias. Injustas? Claro, pois quem nos arrastou para esta situação passará incólume às mesmas, o que já não sucederá com os mais necessitados. Mas o problema principal irá subsistir, pois todas estas medidas apenas servirão para anestesiar o monstro, não para o erradicar.

Só quando nos conseguirmos livrar de toda esta corja que nos suga, desde os políticos até aos sindicalistas, é que poderemos verdadeiramente deitar mãos à obra e colocar Portugal no caminho do desenvolvimento e da justiça social. Até lá? Vão-se fazendo greves e aprovando medidas de austeridade.

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